Classe de Palavras
Para formularmos nossos pensamentos e expressarmos nossas opiniões, utilizamo-nos dos muitos recursos que a língua portuguesa disponibiliza. As palavras, acima de tudo, representam um deles. No entanto, ao utilizá-las, não podemos as conceber como soltas, aleatórias, ao contrário, todas elas são dotadas de características distintas, ou seja, possuem uma estrutura determinada e, quando inseridas numa dada oração, assumem funções, papéis específicos, de modo a tornar ainda mais claras e precisas as mensagens que proferimos.
Essa estrutura, especificamente dizendo, encontra-se manifestada nas classes de palavras ou também chamadas de classes gramaticais, nas quais constatamos determinadas características expressas por um grupo de palavras, tais como: nomeando seres, atribuindo qualificações, indicando quantidade, ligando uma palavra à outra, entre outros aspectos.
Dessa forma, há de se considerar também que algumas delas são passíveis de flexão, isto é, variam quanto ao gênero, número, grau, tempo, modo, pessoa, como ocorre com a classe dos verbos. Outras, porém, não admitem que tal aspecto prevaleça, o que as tornam classes invariáveis.
Nesse sentido, até mesmo por se tratar de um fato linguístico de tamanha importância, a seção com a qual você compartilhará de agora em diante traz em primeira mão todos os assuntos relacionados às chamadas classes de palavras. Assim, certos de que você fará bom proveito de todas as informações a que lhe são acessíveis, busque-as sempre que necessário!
Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho, etc.
● Quanto à forma, os substantivos podem ser classificados em: simples, compostos, primitivos e derivados. Vejamos:
Substantivo simples: Quando possui apenas uma palavra ou um termo: tempo, flor, sol, chuva.
Substantivo composto: Quando possui mais de uma palavra ou de um termo: passatempo, couve-flor, girassol, guarda-chuva.
Substantivo primitivo: É a base de formação de outras palavras, ou seja, não deriva de nenhuma outra palavra: pedra, carta, nobre.
Substantivo derivado: É formado a partir de outra palavra, a qual é um substantivo primitivo: pedreiro, carteira, nobreza.
● Quanto à classificação, os substantivos podem ser classificados em: próprio, comum, coletivo, concreto, abstrato.
Substantivo próprio: Nomeia um ser, especificando-o (nomes, sobrenomes, países, cidades, rios, oceanos, etc.): Jesus, Cristo, Vitória, Nilo, Atlântico.
Substantivo comum: Nomeia um ser, generalizando-o: casa, rio, oceano, esperança, caráter, paz.
Substantivo concreto: Nomeia pessoas, objetos, lugares que existem ao natural ou na imaginação: saci, cadeira, fada, mesa.
Substantivo abstrato: Nomeia ações, qualidades, defeitos, estados, sentimentos que não existem ao natural: pensamento, beleza, felicidade, calor, frio, vida.
Substantivo coletivo: Designa um conjunto de seres ou coisas de uma mesma espécie: bando, congresso, alcatéia, povo, coro.
ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos, antecedendo-os.
Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.
ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos substantivos.
Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo, etc.
Adjetivo é a palavra variável que designa uma especificação ao substantivo, caracterizando-o.
Os adjetivos podem ser classificados em:
- primitivos: radicais que por si mesmos apontam qualidades.
Ex.: claro, triste, grande, vermelho.
- derivados: são formados a partir de outros radicais.
Ex.: infeliz, azulado.
- simples: apresentam um único radical em sua estrutura.
Ex.: apavorado, feliz.
- compostos: apresentam pelo menos dois radicais em sua estrutura.
Ex.: ítalo-brasileiro, socioeconômico.
Adjetivos pátrios
São os adjetivos referentes a países, estados, regiões, cidades ou localidades.
Ex.: brasileiro, goiano, carioca, acreano, capixaba.
Flexões dos adjetivos
Os adjetivos apresentam flexões de gênero, número e grau.
Flexão de gênero
Os adjetivos assumem o gênero do substantivo do qual se referem.
Ex.: Uma mulher formosa – um homem formoso
Uma professora ativa – um professor ativo
Quanto ao gênero, os adjetivos podem ser uniformes e biformes.
Os adjetivos biformes apresentam uma forma para o gênero feminino e outra para o masculino.
As formas do feminino são marcadas pelo acréscimo do sufixo –a ao radical:
Ex.: o homem honesto – a mulher honesta, o produtor inglês – a produtora inglesa.
Os adjetivos uniformes possuem uma única forma para o masculino e o feminino:
Ex.: pássaro frágil – ave frágil, escritor ruim – escritora ruim.
Flexão de número
Os adjetivos concordam em número com os substantivos que modificam, assumem a forma singular e plural.
Ex.: político corrupto – políticos corruptos, salário digno – salários dignos.
Os adjetivos compostos merecem maior atenção na formação de plural:
- Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos, apenas o segundo elemento vai para o plural:
Ex.: clínica médico-dentária, clínica médico-dentárias.
- Os adjetivos compostos em que o segundo elemento é um substantivo são invariáveis também em número:
Ex.: recipiente verde-mar - recipientes verde-mar, tinta amarelo-canário – tintas amarelo-canário.
Flexão de grau
Quando se quer comparar ou intensificar as características atribuídas ao substantivo, os adjetivos sofrem variação de grau.
Tem-se o grau comparativo e o grau superlativo.
Grau comparativo
Compara-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais característica a um único ser. O grau comparativo pode ser de igualdade, superioridade e de inferioridade, são formados por expressões analíticas que incluem advérbios e conjunções.
a) Grau comparativo de igualdade: Ela é tão exigente quanto justa.
Ela é tão exigente quanto (ou como) sua mãe.
b) Grau comparativo de superioridade: Seu candidato é mais desonesto (do) que o meu.
c) Grau comparativo de inferioridade: Somo menos passivos (do) que eles.
Grau superlativo
A característica conferida pelo artigo é intensificada de forma relativa ou absoluta.
a) Relativo: a intensificação da característica conferida pelo adjetivo é feita em relação a todos os demais seres de um conjunto que apresentam uma certa qualidade. Pode exprimir superioridade ou inferioridade, e é sempre expresso de forma analítica.
Este é o mais interessante dos livros que li. (superioridade)
Ele é o menos egoísta de todos. (inferioridade)
b) Absoluto: indica que determinado ser apresenta determinada qualidade em alto grau, transmitindo ideia de excesso. Pode assumir forma analítica ou sintética.
- analítico: é formado com a presença de um advérbio:
Você é muito crítico.
A prova de matemática estava extraordinariamente difícil.
- sintético: é expresso com a participação de sufixos.
A prova de matemática estava dificílima.
Este piloto é velocíssimo.
Muitos adjetivos ao receberem um dos sufixos formadores dessa forma de superlativo assumem a forma latina. Como, por exemplo, os adjetivos terminados em –vel, esses assumem a terminação –bilíssimo.
Agradável: agradabilíssimo; volúvel: volubilíssimo.
Os adjetivos podem ser classificados em:
- primitivos: radicais que por si mesmos apontam qualidades.
Ex.: claro, triste, grande, vermelho.
- derivados: são formados a partir de outros radicais.
Ex.: infeliz, azulado.
- simples: apresentam um único radical em sua estrutura.
Ex.: apavorado, feliz.
- compostos: apresentam pelo menos dois radicais em sua estrutura.
Ex.: ítalo-brasileiro, socioeconômico.
Adjetivos pátrios
São os adjetivos referentes a países, estados, regiões, cidades ou localidades.
Ex.: brasileiro, goiano, carioca, acreano, capixaba.
Flexões dos adjetivos
Os adjetivos apresentam flexões de gênero, número e grau.
Flexão de gênero
Os adjetivos assumem o gênero do substantivo do qual se referem.
Ex.: Uma mulher formosa – um homem formoso
Uma professora ativa – um professor ativo
Quanto ao gênero, os adjetivos podem ser uniformes e biformes.
Os adjetivos biformes apresentam uma forma para o gênero feminino e outra para o masculino.
As formas do feminino são marcadas pelo acréscimo do sufixo –a ao radical:
Ex.: o homem honesto – a mulher honesta, o produtor inglês – a produtora inglesa.
Os adjetivos uniformes possuem uma única forma para o masculino e o feminino:
Ex.: pássaro frágil – ave frágil, escritor ruim – escritora ruim.
Flexão de número
Os adjetivos concordam em número com os substantivos que modificam, assumem a forma singular e plural.
Ex.: político corrupto – políticos corruptos, salário digno – salários dignos.
Os adjetivos compostos merecem maior atenção na formação de plural:
- Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos, apenas o segundo elemento vai para o plural:
Ex.: clínica médico-dentária, clínica médico-dentárias.
- Os adjetivos compostos em que o segundo elemento é um substantivo são invariáveis também em número:
Ex.: recipiente verde-mar - recipientes verde-mar, tinta amarelo-canário – tintas amarelo-canário.
Flexão de grau
Quando se quer comparar ou intensificar as características atribuídas ao substantivo, os adjetivos sofrem variação de grau.
Tem-se o grau comparativo e o grau superlativo.
Grau comparativo
Compara-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais característica a um único ser. O grau comparativo pode ser de igualdade, superioridade e de inferioridade, são formados por expressões analíticas que incluem advérbios e conjunções.
a) Grau comparativo de igualdade: Ela é tão exigente quanto justa.
Ela é tão exigente quanto (ou como) sua mãe.
b) Grau comparativo de superioridade: Seu candidato é mais desonesto (do) que o meu.
c) Grau comparativo de inferioridade: Somo menos passivos (do) que eles.
Grau superlativo
A característica conferida pelo artigo é intensificada de forma relativa ou absoluta.
a) Relativo: a intensificação da característica conferida pelo adjetivo é feita em relação a todos os demais seres de um conjunto que apresentam uma certa qualidade. Pode exprimir superioridade ou inferioridade, e é sempre expresso de forma analítica.
Este é o mais interessante dos livros que li. (superioridade)
Ele é o menos egoísta de todos. (inferioridade)
b) Absoluto: indica que determinado ser apresenta determinada qualidade em alto grau, transmitindo ideia de excesso. Pode assumir forma analítica ou sintética.
- analítico: é formado com a presença de um advérbio:
Você é muito crítico.
A prova de matemática estava extraordinariamente difícil.
- sintético: é expresso com a participação de sufixos.
A prova de matemática estava dificílima.
Este piloto é velocíssimo.
Muitos adjetivos ao receberem um dos sufixos formadores dessa forma de superlativo assumem a forma latina. Como, por exemplo, os adjetivos terminados em –vel, esses assumem a terminação –bilíssimo.
Agradável: agradabilíssimo; volúvel: volubilíssimo.
PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a pessoa do discurso.
Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc.
VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.
Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.
ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, modificando-os.
Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc.
Advérbio é uma categoria gramatical invariável que associada aos verbos indicam as circunstância da ação verbal, aos adjetivos intensificam as qualidades expressadas, e a outros advérbios, intensificando seu sentido:
O advérbio pode ser classificado de acordo com as circunstâncias que exprime, pode ser:
- de dúvida: Márcio talvez dispute o governo do estado.
- de lugar: Cristina mora bem ali.
- de modo: Saiu da sala vagarosamente.
- de tempo: Saí cedo.
- de intensidade: A mãe está bastante preocupada com a filha.
- de afirmação: Realmente aceitaram sua sugestão.
- de negação: Não fale nada do assunto.
Locução adverbial
Locução adverbial é uma expressão formada de duas ou mais palavras que exercem função adverbial:
Exemplo: Vi um avião voando ao longe. (ao longe: locução adverbial indicativa de lugar, constituída de preposição + artigo + advérbio).
Grau do advérbio
• Comparativo:
- de igualdade: Moro tão longe quanto ele.
- de superioridade: Moro mais longe que ele.
- de inferioridade: Moro menos longe que ele.
• Superlativo absoluto:
- sintético: Moro longíssimo.
- analítico: Moro muito longe.
Alguns advérbios aparecem flexionados:
- no diminutivo: Ele chegou e ficou pertinho de mim.
- com o acréscimo de prefixos: Moro superlonge daqui.
O advérbio pode ser classificado de acordo com as circunstâncias que exprime, pode ser:
- de dúvida: Márcio talvez dispute o governo do estado.
- de lugar: Cristina mora bem ali.
- de modo: Saiu da sala vagarosamente.
- de tempo: Saí cedo.
- de intensidade: A mãe está bastante preocupada com a filha.
- de afirmação: Realmente aceitaram sua sugestão.
- de negação: Não fale nada do assunto.
Locução adverbial
Locução adverbial é uma expressão formada de duas ou mais palavras que exercem função adverbial:
Exemplo: Vi um avião voando ao longe. (ao longe: locução adverbial indicativa de lugar, constituída de preposição + artigo + advérbio).
Grau do advérbio
• Comparativo:
- de igualdade: Moro tão longe quanto ele.
- de superioridade: Moro mais longe que ele.
- de inferioridade: Moro menos longe que ele.
• Superlativo absoluto:
- sintético: Moro longíssimo.
- analítico: Moro muito longe.
Alguns advérbios aparecem flexionados:
- no diminutivo: Ele chegou e ficou pertinho de mim.
- com o acréscimo de prefixos: Moro superlonge daqui.
NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem.
Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, etc.
PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.
Exemplo: em, de, para, por, etc.
CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação ou subordinação.
Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.
INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito.
Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!
Fonte:
DUARTE, Paulo Mosânio Teixeira. Classes e categorias em português. 2. ed. rev. E ampl. / Paulo Mosânio Teixeira Duarte e Maria Claudete Lima. – Fortaleza: Editora UFC, 2003.
DUARTE, Paulo Mosânio Teixeira. Classes e categorias em português. 2. ed. rev. E ampl. / Paulo Mosânio Teixeira Duarte e Maria Claudete Lima. – Fortaleza: Editora UFC, 2003.
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