sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Curiosidades da Língua Portuguesa

Curiosidades da Língua Portuguesa

HISTÓRIAS DOS DITADOS POPULARES 

Expressões populares, usadas ingenuamente por nós e que têm origens bem antigas e histórias interessantes. Vários são os ditados provindos da mitologia grega, que são habitualmente usados na nossa língua:

CALCANHAR DE AQUILES
A mãe de Aquiles, Tétis, com o objetivo de tornar seu filho invulnerável, mergulhou-o num lago mágico, segurando o filho pelos calcanhares. Páris feriu Aquiles na Guerra de Tróia justamente onde, isso mesmo, no calcanhar. Portanto, o ponto fraco ou vulnerável de um indivíduo, por metáfora, é o calcanhar de Aquiles.

VOTO DE MINERVA
Orestes, filho de Clitemnestra, é acusado do assassinato da mãe. No julgamento, houve empate. Coube a deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é o voto decisivo.
Depois da mãe de Aquiles, vamos a outras mães...

CASA DA MÃE JOANA
Na época do Brasil Império, mais especificamente na época da minoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro cuja proprietária era justamente a Joana. Como eles mandavam e desmandavam no país, ficou a frase casa da mãe Joana como sinônimo de lugar em que ninguém manda.

A MÃE DO BADANHA
De origem controvertida. O pessoal do futebol atribui a um tal de Badanha, jogador do Internacional. Mas existem várias versões. Será que o internauta conhece alguma? Mande mail para a nossa página. Agora é a vez das religiosas

VÁ SE QUEIXAR AO BISPO
No tempo do Brasil colônia, por causa da necessidade de povoar as novas terras, a fertilidade na mulher era um predicado fundamental. Em função disso, elas eram autorizadas pela igreja a transar antes do casamento, única maneira de o noivo verificar se elas eram realmente férteis.
Ocorre que muitos noivinhos fugiam depois do negócio feito. As mulheres iam queixar-se ao bispo, que mandava homens atrás do fujão.

CONTO DO VIGÁRIO
Duas igrejas em Ouro Preto receberam um presente uma imagem de santa.
Para verificar qual da paróquias ficaria com o presente, os vigários resolveram deixar por conta da mão divina, ou melhor, das patas de um burro. Exatamente no meio do caminho entre as duas igrejas, colocaram o tal burro, para onde ele se dirigisse, teríamos a igreja felizarda. Assim foi feito, e o vigário vencedor saiu satisfeito com a imagem de sua santa. Mas ficou-se abendo mais tarde que o burro havia sido treinado para seguir o caminho da igreja vencedora. Assim, conto do vigário passou à linguagem popular como falcatrua, sacanagem.

FICAR A VER NAVIOS - HISTÓRIAS DE PORTUGAL
O rei de Portugal, Dom Sebastião, morreu na batalha de Alcácer-Quibir,mas o corpo não foi encontrado. A partir de então (1578), o povo português esperava sempre o sonhado retorno do monarca salvador.  Lembremos que, em 1580, em função da morte de Dom Sebastião, abre-se uma crise sucessória no trono vago de Portugal.
A conseqüência dessa crise foi a anexação dePortugal à Espanha (1580 a 1640), governada por Felipe II.
Evidentemente,os portugueses sonhavam com o retorno do rei,como forma salvadora de resgatar o orgulho e a dignidade da pátria lusa.Em função disso, o povo passou a visitar com freqüência o Alto de Santa  Catarina, em Lisboa, esperando, ansiosamente,o retorno do dito rei. Como ele não voltou, o povo ficava apenas a ver navios. Várias piadas são provenientes deste ditado. Umadelas faz graça do casamento de Jaqueline com Onássis, grande construtor de navios. Na lua de mel, Jaqueline teria ficado diante da janela do quarto,e Onásis dizendo-lhe os nomes dos navios atracados no porto. Logo, na lua de mel,ela ficou apenas a ver navios, como o povo português. É importante frisar também que a morte de Dom Sebastião inaugura o sebastianismo, que se trata simplesmente disto a chegada do salvador. Várias crenças advêm daí.
Entre elas podemos destacar a guerra de Canudos, liderada por Antônio Conselheiro.

NÃO ENTENDO PATAVINAS
Os portugueses, conta a história, tinham dificuldades em entender os que diziam os frades franciscanos patavinos, isto é, originários de Pádua, em italiano Padova. Não entender patavina significa não entender nada.

DOURAR A PÍLULA
Vem das farmácias que, antigamente, embrulhavam as pílulas em requintados papéis, para dar melhor aparência ao amargo remédio. Logo,dourar a pílula é melhorar a aparência de algo.

CHEGAR DE MÃOS ABANANDO
Os imigrantes, no século passado, deveriam trazer as ferramentas para o trabalho na terra. Aqueles que chegassem sem elas, ou seja, de mãos abanando, davam um indicativo de que não vinham dispostos ao trabalho árduo da terra virgem. Portanto, chegar de mãos abanando é não carregar nada.
Ele chegou de mãos abanando ao aniversário. Significa que não trouxe presente ao pobre aniversariante, que terá de se satisfazer apenas com a presença do amigo.

VOX POPULI, VOX DEI!
A VOZ DO POVO, A VOZ DE DEUS!
Câmara Cascudo, em Superstição no Brasil, nos esclarece a origem deste ditado. É hábito nosso fazer adivinhações, por exemplo, como saber o nome do futuro marido ou da futura mulher? Existem várias  crenças.
Uma delas é colocar uma moeda na fogueira e, pela manhã, retirá-la do braseiro. Em seguida, dá-se esmola ao primeiro pedinte. O nome do mendigo será o nome do futuro noivo. Outra registrada por Câmara Cascudo é a superstição de pôr-se água na boca e esconder-se atrás de uma porta. O primeiro nome ouvido será o do futuro cônjuge.
A curiosidade é que este hábito não é apenas brasileiro, mas tem origem européia. As pessoas consultavam o deus Hermes, na cidade grega de Acaia, e faziam uma pergunta ao ouvido do ídolo. Depois o crente cobria a cabeça com um manto e saía à rua. As primeiras palavras que ele ouvisse eram a resposta a sua dúvida. Assim, a voz do povo, a voz de Deus.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Classe de Palavras - 7º ano - 26.08.2013


Classe de Palavras

Para formularmos nossos pensamentos e expressarmos nossas opiniões, utilizamo-nos dos muitos recursos que a língua portuguesa disponibiliza. As palavras, acima de tudo, representam um deles. No entanto, ao utilizá-las, não podemos as conceber como soltas, aleatórias, ao contrário, todas elas são dotadas de características distintas, ou seja, possuem uma estrutura determinada e, quando inseridas numa dada oração, assumem funções, papéis específicos, de modo a tornar ainda mais claras e precisas as mensagens que proferimos.

Essa estrutura, especificamente dizendo, encontra-se manifestada nas classes de palavras ou também chamadas de classes gramaticais, nas quais constatamos determinadas características expressas por um grupo de palavras, tais como: nomeando seres, atribuindo qualificações, indicando quantidade, ligando uma palavra à outra, entre outros aspectos.
Dessa forma, há de se considerar também que algumas delas são passíveis de flexão, isto é, variam quanto ao gênero, número, grau, tempo, modo, pessoa, como ocorre com a classe dos verbos. Outras, porém, não admitem que tal aspecto prevaleça, o que as tornam classes invariáveis.
Nesse sentido, até mesmo por se tratar de um fato linguístico de tamanha importância, a seção com a qual você compartilhará de agora em diante traz em primeira mão todos os assuntos relacionados às chamadas classes de palavras. Assim, certos de que você fará bom proveito de todas as informações a que lhe são acessíveis, busque-as sempre que necessário!

SUBSTANTIVO – é dita a classe que dá nome aos seres, mas não nomeia somente seres, como também sentimentos, estados de espírito, sensações, conceitos filosóficos ou políticos, etc.
Exemplo: Democracia, Andréia, Deus, cadeira, amor, sabor, carinho, etc.

● Quanto à forma, os substantivos podem ser classificados em: simples, compostos, primitivos e derivados. Vejamos:
Substantivo simples: Quando possui apenas uma palavra ou um termo: tempo, flor, sol, chuva.
Substantivo composto: Quando possui mais de uma palavra ou de um termo: passatempo, couve-flor, girassol, guarda-chuva.
Substantivo primitivo: É a base de formação de outras palavras, ou seja, não deriva de nenhuma outra palavra: pedra, carta, nobre.
Substantivo derivado: É formado a partir de outra palavra, a qual é um substantivo primitivo: pedreiro, carteira, nobreza.
● Quanto à classificação, os substantivos podem ser classificados em: próprio, comum, coletivo, concreto, abstrato.
Substantivo próprio: Nomeia um ser, especificando-o (nomes, sobrenomes, países, cidades, rios, oceanos, etc.): Jesus, Cristo, Vitória, Nilo, Atlântico.
Substantivo comum: Nomeia um ser, generalizando-o: casa, rio, oceano, esperança, caráter, paz.
Substantivo concreto: Nomeia pessoas, objetos, lugares que existem ao natural ou na imaginação: saci, cadeira, fada, mesa.
 Substantivo abstrato: Nomeia ações, qualidades, defeitos, estados, sentimentos que não existem ao natural: pensamento, beleza, felicidade, calor, frio, vida.
Substantivo coletivo: Designa um conjunto de seres ou coisas de uma mesma espécie: bando, congresso, alcatéia, povo, coro.





ARTIGO – classe que abriga palavras que servem para determinar ou indeterminar os substantivos, antecedendo-os.
Exemplo: o, a, os, as, um, uma, uns, umas.











ADJETIVO – classe das características, qualidades. Os adjetivos servem para dar características aos substantivos.
Exemplo: querido, limpo, horroroso, quente, sábio, triste, amarelo, etc.

Adjetivo é a palavra variável que designa uma especificação ao substantivo, caracterizando-o.

Os adjetivos podem ser classificados em:

- primitivos: radicais que por si mesmos apontam qualidades.
Ex.: claro, triste, grande, vermelho.

- derivados: são formados a partir de outros radicais.
Ex.: infeliz, azulado.

- simples: apresentam um único radical em sua estrutura.
Ex.: apavorado, feliz.

- compostos: apresentam pelo menos dois radicais em sua estrutura.
Ex.: ítalo-brasileiro, socioeconômico.

Adjetivos pátrios 

São os adjetivos referentes a países, estados, regiões, cidades ou localidades.
Ex.: brasileiro, goiano, carioca, acreano, capixaba.

Flexões dos adjetivos

Os adjetivos apresentam flexões de gênero, número e grau.

Flexão de gênero

Os adjetivos assumem o gênero do substantivo do qual se referem.
Ex.: Uma mulher formosa – um homem formoso
Uma professora ativa – um professor ativ

Quanto ao gênero, os adjetivos podem ser uniformes e biformes.

Os adjetivos biformes apresentam uma forma para o gênero feminino e outra para o masculino.
As formas do feminino são marcadas pelo acréscimo do sufixo –a ao radical:
Ex.: o homem honesto – a mulher honesta, o produtor inglês – a produtora inglesa.

Os adjetivos uniformes possuem uma única forma para o masculino e o feminino:
Ex.: pássaro frágil – ave frágil, escritor ruim – escritora ruim.

Flexão de número


Os adjetivos concordam em número com os substantivos que modificam, assumem a forma singular e plural.
Ex.: político corrupto – políticos corruptos, salário digno – salários dignos.

Os adjetivos compostos merecem maior atenção na formação de plural:

- Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos, apenas o segundo elemento vai para o plural:
Ex.: clínica médico-dentária, clínica médico-dentárias.

- Os adjetivos compostos em que o segundo elemento é um substantivo são invariáveis também em número:
Ex.: recipiente verde-mar - recipientes verde-mar, tinta amarelo-canário – tintas amarelo-canário.


Flexão de grau 

Quando se quer comparar ou intensificar as características atribuídas ao substantivo, os adjetivos sofrem variação de grau.
Tem-se o grau comparativo e o grau superlativo.

Grau comparativo

Compara-se a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais característica a um único ser. O grau comparativo pode ser de igualdade, superioridade e de inferioridade, são formados por expressões analíticas que incluem advérbios e conjunções.

a) Grau comparativo de igualdade: Ela é tão exigente quanto justa.
                                                                Ela é tão exigente quanto (ou como) sua mãe.

b) Grau comparativo de superioridade: Seu candidato é mais desonesto (do) que o meu.

c) Grau comparativo de inferioridade: Somo menos passivos (do) que eles.


Grau superlativo

A característica conferida pelo artigo é intensificada de forma relativa ou absoluta.

a) Relativo: a intensificação da característica conferida pelo adjetivo é feita em relação a todos os demais seres de um conjunto que apresentam uma certa qualidade. Pode exprimir superioridade ou inferioridade, e é sempre expresso de forma analítica.
Este é o mais interessante dos livros que li. (superioridade)
Ele é o menos egoísta de todos. (inferioridade)

b) Absoluto: indica que determinado ser apresenta determinada qualidade em alto grau, transmitindo ideia de excesso. Pode assumir forma analítica ou sintética.

- analítico: é formado com a presença de um advérbio:
Você é muito crítico.
A prova de matemática estava extraordinariamente difícil.

- sintético: é expresso com a participação de sufixos.
A prova de matemática estava dificílima.
Este piloto é velocíssimo.

Muitos adjetivos ao receberem um dos sufixos formadores dessa forma de superlativo assumem a forma latina. Como, por exemplo, os adjetivos terminados em –vel, esses assumem a terminação –bilíssimo.
Agradável: agradabilíssimo; volúvel: volubilíssimo.



PRONOME – Palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a pessoa do discurso.
Exemplo: eu, nossa, aquilo, esta, nós, mim, te, eles, etc.










VERBO – palavras que expressam ações ou estados se encontram nesta classe gramatical.
Exemplo: fazer, ser, andar, partir, impor, etc.











ADVÉRBIO – palavras que se associam a verbos, adjetivos ou outros advérbios, modificando-os.
Exemplo: não, muito, constantemente, sempre, etc.

Advérbio é uma categoria gramatical invariável que associada aos verbos indicam as circunstância da ação verbal, aos adjetivos intensificam as qualidades expressadas, e a outros advérbios, intensificando seu sentido:

O advérbio pode ser classificado de acordo com as circunstâncias que exprime, pode ser:

- de dúvida: Márcio talvez dispute o governo do estado.
- de lugar: Cristina mora bem ali.
- de modo: Saiu da sala vagarosamente.
- de tempo: Saí cedo.
- de intensidade: A mãe está bastante preocupada com a filha.
- de afirmação: Realmente aceitaram sua sugestão.
- de negação: Não fale nada do assunto.

Locução adverbial 

Locução adverbial é uma expressão formada de duas ou mais palavras que exercem função adverbial:
Exemplo: Vi um avião voando ao longe. (ao longe: locução adverbial indicativa de lugar, constituída de preposição + artigo + advérbio).

Grau do advérbio

• Comparativo:
- de igualdade: Moro tão longe quanto ele.
- de superioridade: Moro mais longe que ele.
- de inferioridade: Moro menos longe que ele.

• Superlativo absoluto:
- sintético: Moro longíssimo.
- analítico: Moro muito longe.

Alguns advérbios aparecem flexionados:

- no diminutivo: Ele chegou e ficou pertinho de mim.
- com o acréscimo de prefixos: Moro superlonge daqui.





NUMERAL – como o nome diz, expressam quantidades, frações, múltiplos, ordem.
Exemplo: primeiro, vinte, metade, triplo, etc.










PREPOSIÇÃO – Servem para ligar uma palavra à outra, estabelecendo relações entre elas.
Exemplo: em, de, para, por, etc.









CONJUNÇÃO – São palavras que ligam orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação ou subordinação.
Exemplo: porém, e, contudo, portanto, mas, que, etc.







INTERJEIÇÃO – Contesta-se que esta seja uma classe gramatical como as demais, pois algumas de suas palavras podem ter valor de uma frase. Mesmo assim, podemos definir as interjeições como palavras ou expressões que evocam emoções, estados de espírito.
Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh!






Fonte:
DUARTE, Paulo Mosânio Teixeira. Classes e categorias em português. 2. ed. rev. E ampl. / Paulo Mosânio Teixeira Duarte e Maria Claudete Lima. – Fortaleza: Editora UFC, 2003.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Como seria o perfil de Dom Casmurro (Bentinho) no Facebook?

Uma dupla de publicitários brasileiros radicados em Portugal teve uma ideia no mínimo diferente: adaptar um livro para o Facebook. Se a princípio fica difícil imaginar como isso seria possível, basta pensar em como nós contamos histórias todos os dias nas redes sociais (sobre o nosso dia, nossas atividades, eventos que participamos, etc). No caso do livro, o personagem principal ganha um perfil e as ações da trama são traduzidas em ações na rede social – curtir, compartilhar, fazer amigos… “Se o personagem escuta uma música, coloco um link com o vídeo dela no YouTube. Se vai para a Itália e cita o Mussolini, complemento com um link sobre ele da Wikipedia”, contou Thiago Carvalho, um dos idealizadores da adaptação, em entrevista à Folha de S. Paulo

A partir da ideia dos rapazes, a ilustradora Beatriz Carvalho desenvolveu o protótipo de como seria  a adaptação de Dom Casmurro, de Machado de Assis, para o Facebook. Veja como ficou: 
(Fonte: L&PM editores)


Simulação de perfil no Facebook com base no romance "Dom Casmurro" (1899), do escritor Machado de Assis
Clique na imagem acima para obter mais informações. 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Biografia de Victor Hugo - 7º ano

Victor Hugo

Quem foi Victor Hugo, nome completo, nascimento e morte, escritor, Romantismo, frases, obras, estilo literário
Victor Hugo, escritor romântico

Victor Hugo: o principal escritor do romantismo francês


Nome Completo 
Victor Marie Hugo
Quem foi
Victor Hugo foi um importante escritor romântico francês do século XIX. Foi também dramaturgo, poeta e político. Foi eleito membro da Assembleia Francesa. Em suas obras abordou, principalmente, questões políticas e sociais. É considerado o principal representante do romantismo francês. 
Nascimento
Victor Hugo nasceu na cidade de Besançon (França) em 26 de fevereiro de 1802.
Morte
Victor Hugo morreu aos 83 anos na cidade de Paris (França) em 22 de maio de 1885.
Estilo literário
Abordagem de temas políticos e sociais;
- Criatividade e imaginação;
- Consciência social;
- Posição progressista e reformista. 
Principais obras
Romances
- Han d'islande - 1823
- O cordunda de Notre- Dame - 
1831
- Os miseráveis - 
1862
- Os trabalhadores do mar - 
1866
- O homem que ri - 
1869
- Noventa e três -
1874
Peças teatrais
- Cromwell - 1827
- Hernani - 
1830
- Ruy Blas - 
1838
- Torquemada - 
1882
Poesia
- As vozes internas - 1837
- Les Châtiments - 
1853
- O ano terrível - 
1872
- La Légende des siècles - 
1859 - 1883
Frases
- "O mar abre parenteses, o casamento o fecha."
- "A esperança seria a maior das forças humanas, se não houvesse o desespero."
- "Os infelizes são ingratos; isso faz parte da infelicidade deles."
- "Vivem somente os que lutam."

Victor Hugo (1802-1885) nasceu em Besançon, França, no dia 26 de fevereiro de 1802. Filho do Conde Joseph Léopold-Sigisberto Hugo, general de Napoleão, e Sophie Trebuchet. Victor Hugo passou quase toda a sua infância fora da França, viagens constantes faziam parte da vida do General Hugo. Esteve na Espanha e na Itália, junto com a mãe e os irmãos Abel e Eugène.
De 1814 a 1816, faz seus estudos preparatórios no Liceu Louis le Grand. Nessa época seus cadernos ficavam repletos de versos. Com 14 anos lia os livros de René Chateaubriand, iniciador do Romantismo francês. Dizia "Quero ser Chateaubriand ou nada". Em 1818, chama a atenção da Academia Francesa com seu livro "Vantagens do Estudo".
Em 1819, recebe o "Lírio de Ouro", premio máximo da Academia de Jogos Florais de Toulouse, por uma ode ao restabelecimento da estátua de Henrique IV, derrubada na Revolução. Nesse mesmo ano funda, junto com os irmãos, a revista "O Conservador Literário". O primeiro ensaio publicado foi "Ode ao Gênio", tributo prestado a seu ídolo. Com quinze meses de vida a revista havia publicado mais de cem artigos entre política e crítica literária, teatral e artística.
Em 1822, casa com Adèle Foucher, amiga de infância. Publica sua primeira antologia poética "Odes e Poesias Diversas". A partir de 1824 nasce um filho a cada dois anos: Léopoldine, Charles, François Victor e Adèle. Escreve os poemas "Ode e Baladas, Orientais", os romances "Han de Islândia" e "O Último Dia de um Condenado", as peças teatrais "Cromwell" e "Marion Delorme", artigos em jornais e revistas.
Entre 1831 e 1843 escreve "Lucrécia Borgia", "Maria Tudor", a peça teatral "Notre-Dame de Paris", também conhecida como "O Corcunda de Notre-Dame", os romances "Folhas de Outono", "Cantos do Crepúsculo", entre outros. Separa-se de Adèle e passa a viver com a atriz Juliette Drouet, que foi sua companheira inseparável.
Em 1841, já celebre e rico, é eleito para a Academia Francesa, frequenta a corte das Tulherias e torna-se membro do Senado. Em 1848, preocupado com a miséria do povo, funda o jornal "O Acontecimento", em que os filhos François e Charles são também redatores. Escreve artigos nos quais defende a candidatura do príncipe Luís Napoleão para a presidência da República. Eleito, Napoleão III viola a Constituição. Desiludido, Victor Hugo não aceita a política adotada por quem ajudara a eleger.
Victor Hugo é perseguido ao tentar organizar a resistência à ditadura de Napoleão III. Se refugia em Bruxelas e só retorna depois de dezoito anos, com a queda do Império. Nessa época escreve "Os Miseráveis", "As Contemplações" e o "Homem que Ri". Em Paris é eleito deputado e se torna presidente da ala esquerda da Assembléia Nacional. Em 1876, é eleito Senador. Em 1883, morre Juliette Drouet e dois anos depois o morre o "Leão", como era chamado, por seu espírito combativo.
Victor Marie Hugo morre em Paris, no dia 22 de maio de 1885. Em seu testamento deixa cinquenta mil francos aos pobres e pede preces de todas as almas.